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Quando aceitamos nossa própria impermanência, fazemos a aspiração de não perdermos tempo com atividades sem sentido ou comportamentos que criem mais insatisfações. A verdade da impermanência realmente amplifica nosso desejo de sermos livres. Aspiramos a aproveitar nossas raras circunstâncias antes de perdê-las. Não queremos estar diante de nosso leito de morte enfrentando a impermanência pela primeira vez e lamentando que deveríamos ter nos preparado melhor. Quando nossa percepção da impermanência se estabiliza, podemos começar a diminuir a lacuna existente entre como pensamos que as coisas “deveriam” ser e como elas realmente são.
Vamos supor que nossa prática diária inclua uma meditação sobre a morte. Um dia, chegamos ao aeroporto e nosso voo foi cancelado. Se ficarmos chateados, algo em nossa prática não está funcionando bem. Talvez por focarmos nosso corpo de modo muito rígido e estreito, não percebemos nossa predominante resistência à mudança. Deixamos de perceber como a mente se agarra àquilo que deseja a ponto de não poder aceitar o que realmente está acontecendo. Podemos pensar que estamos trabalhando com a morte e com a aceitação da impermanência, mas não conseguimos permanecer estáveis quando nosso carro pifa ou quando as traças comem nosso suéter favorito.
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